Horácio Dá Mesquita abordou o tema “o desenho animado”, no quadro da semana do Atelier Monumental

O mestre Horácio Dá Mesquita e o escritor Nok Nogueira

O artista plástico angolano Horácio Dá Mesquita afirmou, na quarta-feira, em Luanda, ser possível desenvolver-se desenho animado em Angola, já que existe uma geração de criadores ávida de trabalhar na matéria. Horácio Dá Mesquita fez esta afirmação quando abordava o tema “o desenho animado”, no quadro da semana do Atelier Monumental, tendo recordado que o país já tem um acontecimento anual, o “Luanda Cartoon”, que mostra a força da produção de Banda Desenhada na qual a identidade angolana está representada. “O ‘Luanda Cartoon’ é o maior certame nacional de Banda Desenhada produzida por jovens. Este acontecimento é promissor, o que nos faz crer que vamos ter surpresas positivas no futuro, nesta área da animação do desenho”, asseverou Dá Mesquita. O artista é de opinião que para o processo de animação devem ser chamados os que já trabalham com o desenho: os cartoonistas nacionais. O meio de divulgação dos desenhos animados é a televisão e devia haver sensibilidade dos canais para que se produza animação, porque “é uma arte importante para a educação da sociedade”, sublinhou o também chefe do departamento de Ilustração das Edições Novembro. O jornalista Ismael Mateus, que falou sobre “direitos autorais e afirmação do génio criativo”, referiu que a fronteira que delimita uma obra criativa e a sua cópia ou plágio “não é tão fácil como parece”. Segundo ele, existem pessoas que se apegam à estrutura criativa dos outros, incorporando elementos que nada acrescentam à obra-prima, copiando trabalhos de autores existentes na Internet e noutros locais. Por isso, advoga que a par das instâncias judiciais devia existir em Angola um órgão, onde estivessem críticos de arte e outros, que zelasse pela análise das obras criativas em conflito e denunciasse publicamente os plagiadores, para que as pessoas que praticam esses actos sejam desencorajadas. O Atelier Monumental, que decorreu entre 26 e 28 de Julho na União dos Escritores Angolanos, foi dedicado à reflexão artística e cultural.

In -Jornal de Angola